Com a mão na merda...
No Estadão e na Folha as matérias falam de tentativa de chantagem, acusação, aliás, que foi a base para a prisão de Darci Vedoin nesta sexta-feira, pela Polícia Federal. Ele estava tentando vender material em DVD e VHS contendo imagens de Serra recebendo ambulâncias na sede da Planam em 2001, fato esse que, segundo a argumentação que parece estar sendo implicitamente aceita na imprensa, provaria a culpabilidade de Serra quanto a um envolvimento no esquema.
Reinaldo Azevedo, em mais de vinte posts publicados em seu blog entre sexta e hoje, lança mão de uma argumentação bem informada para demonstrar a amplitude da farsa: desde falsas acusações, passando por distorções de visão, como tomar por comprometedor um fato totalmente normal como o desempenho de uma função em um ministério, chegando ao ápice do banditismo jornalístico próprio da imprensa nacional, majoritariamente petista, exemplificado na publicação mesma de uma denúncia tão flagrantemente inverossímel e carente de provas que a embasem.
Ele faz cair também, a máscara de Josias de Souza, quando este finge não ver a quantidade de mentiras envolvidas na farsa.
Quem põe, também, a boca no trombone é Ricardo Noblat, mostrando em alguns textos como é contraditória a conduta de Darci Vedoin a respeito de José Serra, Abel Pereira e outros personagens envolvidos na trama. E Paulo Moreira Leite, em seu blog no portal do Estadão, faz uma comparação pertinente entre essa ação e o episódio da namorada do Lula em 89 ( a que o Reinaldo Azevedo também alude ) e cita, assim como o Consultor Jurídico, a ação estranha de Márcio Thomaz Bastos de não permitir que se tirassem fotografias das malas de dinheiro apreendidas com militantes petistas destinadas a pagar pela compra de provas falsas contra os tucanos. O Consultor, aliás, diz que Bastos tem razão, do que eu discordo totalmente.
Enfim, o verdadeiro escândalo, hoje, parece ser o da falta de qualidade da imprensa nacional, que publica denúncias vazias com intuito claro de influenciar eleições que deveriam ser democráticas,