domingo, fevereiro 11, 2007

Sí, se puede?

Eu, particularmente, não dou a menor pelota para o Campeonato Paulista, como aliás, para nenhum torneio estadual. Pra mim, o que vale é de Campeonato Brasileiro pra cima.
Mas o jogo de hoje merece um registro:
É o décimo-terceiro jogo seguido entre São Paulo e Corinthians sem que o Tricolor perca uma partida.
Hoje foi 3 a 1, fora o olé, os dribles desconcertantes e o destempero dos corinthianos vendo o show que estavam levando em campo.
Lá se vão 4 anos desde que o São Paulo perdeu a última para o rival.
Se bem que está deixando de ser rival, à esta altura...
São, agora, 9 vitórias e 4 empates nos últimos 13 confrontos entre as duas equipes.
A maior série invicta na história do duelo.
Neste período é a quinta vez que o Corinthians toma 3 gols ou mais na disputa, como se pode ver na série completa, abaixo:
15/06/2003: 2 x 1, pelo Brasileiro
12/10/2003: 3 x 0, pelo Brasileiro
15/02/2004: 1 x 0, pelo Paulista
30/05/2004: 1 x 1, pelo Brasileiro
19/09/2004: 0 x 0, pelo Brasileiro
27/02/2005: 1 x 0, pelo Paulista
08/05/2005: 5 x 1, pelo Brasileiro
07/09/2005: 3 x 2, pelo Brasileiro
24/10/2005: 1 x 1, pelo Brasileiro
12/02/2006: 2 x 1, pelo Paulista
07/05/2006: 3 x 1, pelo Brasileiro
10/09/2006: 0 x 0, pelo Brasileiro
11/02/2007: 3 x 1, pelo Paulista
Nesse período já aconteceu de tudo, desde goleada de três a zero com um a menos em campo, com direito até a gol de calcanhar ( em 12/10/2003, quando Luís Fabiano havia sido expulso com o jogo ainda em 0 a 0 e gol de calcanhar de Fábio Simplício ), uma história engraçada de o Corinthians ter demitido 5 técnicos nesse período depois de derrotas para o São Paulo ( Juninho Fonseca, Júnior, Passarela, Antônio Lopes e Tite ), sendo que na história já são 13 técnicos a ficarem desempregados depois de perder para o Tricolor dirigindo o tal “timão”, teve um time milionário que foi montado por um obscuro fundo de investimentos ligado à máfia russa sendo humilhado em pleno Pacaembu por 5 a 1, com direito à choro convulsivo dos torcedores corinthianos nas arquibancadas e um zagueiro corinthiano implorando para os jogadores São Paulinos ‘maneirarem’ e pararem de fazer gols, ídolo da torcida corinthiana ( Tevez ) declarando aos jornais que seu sonho era vencer uma partida do São Paulo ( foi embora sem vencer e sem ter marcado um só gol no Tricolor ), teve técnico sendo contratado com a missão de vencer o São Paulo ( Geninho ) e outras anedotas, pois o caso já virou piada, menos cotadas.
Como não gosto de chutar cachorro-morto – e ainda mais um cachorro já defunto há 4 anos e tentando ressucitar _ eu vou fazer uma sugestão à fiel.
Que tal, a partir de agora, em dias de confronto com esse odiado algoz do Morumbi, adotar aquela profissão de fé de times pequenos mexicanos quando enfrentam potências do futebol mundial?
Uma faixa e um grito de guerra com as palavras:
“Si, se puede! Si, se puede!, Si, se puede!”
Será?

sábado, fevereiro 10, 2007

Idiotice Superior


Faz um tempo eu publiquei um post sobre um artigo em que o autor dizia que a Universidade de Chicago é um tanto chata por ter muito mais livrarias que bares em seu entorno e comentei que chata é São Paulo, que quase não tem livrarias.
Hoje, o Reinaldo Azevedo fez uma indicação de um vídeo no YouTube, esse mesmo aí de cima, que retrata um conflito em torno de uma greve dos funcionários da USP em 2005, envolvendo trio-elétrico, mentiras, agressões e o escambau.
Eu imagino o que o autor do artigo a que eu me referi no outro post acharia desse tipo de coisa.
O vídeo tem 17 minutos, então deixe carregando, abra outra janela no navegador e depois volte para se perguntar:
Essa gente não tem mais o que fazer? Tanto os funcionários como os alunos, todos os envolvidos, enfim?
Não à toa, um professor da USP uma vez me desencorajou de estudar lá.
Lá ninguém estuda, disse ele. Só se faz bagunça e besteiras desse tipo.
Ele mesmo, quando decidiu fazer outra graduação ( é médico e foi fazer um curso de Humanas ) resolveu ir estudar na PUC.
Vendo esse vídeo entende-se o porquê.

domingo, fevereiro 04, 2007

10 anos esta noite

Hoje faz dez anos que Paulo Francis morreu em sua cobertura em Manhattan.
Francis é indiretamente responsável pelo fato de eu gastar a maior parte de meu tempo livre em leituras e também pelo meu interesse em diversos assuntos, ainda que eu não tenha muito conhecimento sobre nenhum deles ( mas disso ele não tem culpa...), como literatura, filosofia, artes, ciência etc.
Lendo a sua ótima coluna ‘Diário da Corte’ no jornal, às quintas e domingos foi que eu tive contato com um vasto mundo, ainda em grande parte inexplorado por mim, de conhecimento, maravilhamento e sabedoria.
10 anos.
Nesse tempo muita coisa aconteceu: Lula eleito e reeleito, os escândalos das cuecas, dossiês e caseiros aos montes; os atentados de 11 de setembro de 2001, as conseqüentes invasões do Afeganistão e do Iraque; a prisão e execução de Saddam Hussein; o surgimento da China como potência comercial, diplomática e bélica no cenário mundial; Hugo Chávez, etc.
Eu posso apenas imaginar o que ele teria a dizer sobre tudo isso.
O que eu posso assegurar é que seria algo relevante, informado, corajoso e original.
Francis faz muita falta.

sábado, fevereiro 03, 2007

SuperBowl!!!

Amanhã, domingo - 4 de fevereiro, às 21h00, horário de Brasília, irá acontecer o evento esportivo do ano:
O SuperBowl XLI.
O jogo decisivo da NFL, que é a Liga Norte-Americana de Futebol, ou simplesmente Futebol Americano, ou Bola Oval, como quiserem.
O jogo será disputado, como de costume em um estádio previamente escolhido ( neste ano será o Dolphin Stadium, dos Miami Dolphins ) e será disputado entre os Campeões das duas conferências da NFL: a National Football Conference, ou NFC e a American Football Conference, ou AFC.
Essas equipes serão o Indianápolis Colts, pela AFC e o Chicago Bears, pela NFC.
Pelo Indianápolis Colts estará em campo um dos maiores quarter-backs da história, Peyton Manning, que carrega o fardo de nunca ter conseguido chegar a um Superbowl e tem a fama de “amarelar” em jogos decisivos da pós-temporada ( as finais propriamente ditas, primeiro as de conferência e depois o próprio Superbowl constituem a pós-temporada ). Do lado dos Bears vai pro campo o jovem Rex Grossman que pinta como um azarão nessa disputa particular com Manning mas sabe que esse pode ser o jogo de sua vida.
Outros destaques desse jogaço devem ser Joseph Addai, Marvin Harrison, Adam Vinatieri e Reggie Wayne pelo lado dos Colts e Devin Hester ( preste atenção nos retornos dele!!!) e Brian Urlacher pelos Bears.
Para se ter uma noção geral da importância desse jogo basta mencionar que ele é considerado o evento esportivo mais importante do mundo, logo à frente dos jogos olímpicos.
Sim, a Copa do Mundo vem em terceiro-lugar.
Um anúncio publicitário de trinta segundos veiculado nos intervalos da partida na transmissão pela TV ( que será retransmitida para quase 250 países e no Brasil terá a transmissão sempre competente, informativa e bem-humorada de Everaldo Marques e Paulo Antunes na ESPN ) custará a bagatela de US$ 2,600,000,00.
Pois é: dois milhões e seiscentos milhões de dólares por trinta segundos de publicidade no intervalo do jogo. No intervalo entre os dois tempos de dois quartos ocorrerá uma apresentação de Price. No ano passado foram os Rolling Stones...
Para se ter um dado para se comparar, basta mencionar que a NFL movimenta mais dinheiro que a Champions League.
O negócio é grande...
Para ler algumas opiniões mais especializadas sobre o jogo em si, leia as colunas de Gil Brandt, Alain Poupart e uma coletânea de textos sobre o jogo no próprio site do evento.
Eu confesso: torcerei pelos Colts que, enquanto escrevo, estão em pequena vantagem na preferência do público em uma enquete no site ( 57% a 43% ), mas o que eu quero mesmo é ver um...
Bom jogo!