segunda-feira, outubro 30, 2006

Tsc, tsc, tsc...

Está feito.
Teremos mais quatro anos de Lula.
Mais quatro anos de roubo, de mentiras, de idiotice e de vergonha.
Mais quatro anos de desperdício de chances de melhoras no desempenho econômico, de aviltamento das instituições, de elogios ao mau-caratismo como prática política.
Ainda mais 1300 dias de bobagens diárias nos jornais, na TV, nas rádios, nos blogs; sofreremos mais um pouco com o despreparo e a desconversa petista.
Está feito.
A culpa é do povo?
Sim. É de todos nós. Dos que votaram em Lula, principalmente, mas daqueles que não flertamos com a burrice, também.
Da mídia, sem dúvida, da oposição, fraca, estúpida e sem vontade, com seu maquiavelismo ridículo e primário ( coitado do Machiavel..).
E não adianta dizer que as regiões mais ilustradas e mais dotadas de informação do País resistiram e se insurgiram contra o Ladrão. Isso é mentira.
Daniel Piza fala disso e demonstra o porque de essa afirmação ser falsa em um curto post em seu blog.
Quem vai um pouco mais a fundo na análise dos fenômenos que definiram o cenário grotesco a que chegamos, com os erros da oposição ( e de Alckmin, em especial ) é o Reinaldo Azevedo, em uma série de alentados e muito pertinentes textos, também em seu blog.
Reinaldo Azevedo, aliás está praticamente sozinho em sua lamentação pelos resultados deste domingo nas eleições, com a vitória vistosa, nas palavras dele, de Lula. A maioria dos colunistas que li está entre o satisfeito e contente, leve de prazer, como Fernando Rodrigues e Marcelo Coelho, por exemplo, até o triunfalismo babaca e semi-analfabeto de um cidadão desprezível como Mino Carta, passando pelo escrito carregado de uma emoção redentora mal-disfarçada, ‘argumentando’ com base em hipóteses saídas da mais típica sociologia de boteco legitimamente brazuca de Paulo Moreira Leite.
Mas, como demonstram os exemplos do Daniel Piza e do Reinaldo Azevedo, existem aqueles que não se dobram à mediocridade da maioria e continuam a bater em quem merece apanhar sem parar.
Ainda que seja censurado por isso. Ainda que perca parte de seu ganha-pão, em virtude de sua independência.
É o caso, emblemático, de Olavo de Carvalho, que viu sua contribuição com artigos para o jornal Zero Hora ser suspensa em virtude de sua oposição ao governo corrupto, cleptocrata, assassino e mendaz do analfabeto fanfarrão.
É isso aí.
P.S. – o slogan de campanha de Lula neste ano foi “Não troque o certo pelo duvidoso”, uma desonestidade intelectual e histórica em se tratando de quem se trata.
Mas pelo menos deu oportunidade a um texto muito bem escrito ( e magistralmente pensado ) do Paulo Zappi, no Strangeman's Paradise.
Como ele mesmo diz, até essa eleição teve seu lado bom.