Brasil, Um País de Tolos
Existe uma musiquinha dos 90, uma cançãozinha bem fraca, na verdade, nem me lembro de quem ( é de uma dessas bandinhas que apareceram naquela época e que continuam a encher o saco até hoje, não sei se é o Skank, o Cidade Negra, enfim, uma dessas coisas. Quem conhece vai lembrar de quem é; quem não conhece, não se preocupe: não está perdendo nada ), mas que tinha duas frases razoáveis: a nossa indignação é como uma mosca sem asas; não atravessa as janelas de nossas casas.
Lembrei dela a propósito deste começo de disputa de segundo turno.
Pois o que ocorre é o seguinte: não sei o que me desanima mais, a cara-de-pau do PT em usar de quaisquer artifícios, por mais baixos, enganosos ou desonestos que sejam, ou o fato de que todos esses artifícios dêem resultado junto à população.
A recente gritaria contra o suposto tom desrespeitoso para com o Presidente e a ( também suposta ) exagerada agressividade durante o debate de domingo passado exibidos por Alckmin.
Até isso, um clamor flagrantemente falso, colou.
E onde entra a indignação, nisso tudo?
Simples: eu mesmo não fico indignado tanto com o fato de estarmos endossando um governo corrupto e ineficiente como há tempos não se via por aqui, mas sim com o fato de o País estar sendo tratado como um aglomerado de imbecis e aceitar essa posição.
Não sei se me fiz claro: o que me aborrece mais não é a corrupção e a desonestidade política, cultural, intelectual e cívica que grassa no País, mas o fato de ela ser sustentada junto à população com mentiras sobre mentiras e ser calmamente aceita.
E isso é errado!
Não o fato de existir corrupção e ineficiência flagrantes e de elas serem toleradas, pois isso é óbvio que é errado. O que é talvez tão deletério quanto esse fato é o fato de a maioria, creio, assim como eu, se revoltar mais com os expedientes usados pelo governo para escamotear, justificar, amaciar suas malfeitorias e com o resultado sempre, invariavelmente bastante positivo desses artifícios junto ao povo brasileiro.
Uma espécie de preciosismo moral e cívico, digamos.
Nesse sentido é que eu acho que a indignação da maioria das pessoas que se opõem ao governo cleptocrata sob o qual vivemos não consegue mesmo ultrapassar nossas janelas: essas discussões sobre a credulidade ou sobre a ingenuidade do eleitorado lulista só serve para desviar o foco justamente do que é essencial, ou seja, faz o jogo do inimigo ao ficar rodando em falso ao redor de um eixo incompreensível e absolutamente desprovido de interesse para a maioria da população, que é a questão da cara-de-pau do Presidente e sua máfia.
Talvez um enfoque mais concentrado em questões mais palpáveis, sobre a corrupção mesma, sobre as reais implicações das opções do governo nas questões orçamentárias, algo, enfim, mais concreto desse mais resultado. É claro que as tramóias e chicanas petistas devem ser desmascaradas, mas não me parece que a tática oposicionista esteja dando resultados eleitorais, que é o que interessa, neste momento.
Essa tática de desconstrução das mentiras petistas pode, e deve, prosseguir após as eleições, seja qual for o resultado. Mas agora a prioridade é vencer a eleição, com as armas que se fizerem necessárias.
E o mais irônico em tudo isso é que eu escrevo este texto não por amor ao País ( que eu quero mais é que afunde no mar), mas por não suportar mesmo uma corja tão desonesta e mentirosa ( pra não dizer canalha e baixa e podre e sem-vergonha etc ) desfilar sua empáfia e vanglória impunemente.
Não agüento ver tudo isso ser aclamado em praça pública. Tanta idiotice incomoda.
Pois é: esse é o meu Mea Culpa.
Vai ver que geografia é, afinal, destino.
Lembrei dela a propósito deste começo de disputa de segundo turno.
Pois o que ocorre é o seguinte: não sei o que me desanima mais, a cara-de-pau do PT em usar de quaisquer artifícios, por mais baixos, enganosos ou desonestos que sejam, ou o fato de que todos esses artifícios dêem resultado junto à população.
A recente gritaria contra o suposto tom desrespeitoso para com o Presidente e a ( também suposta ) exagerada agressividade durante o debate de domingo passado exibidos por Alckmin.
Até isso, um clamor flagrantemente falso, colou.
E onde entra a indignação, nisso tudo?
Simples: eu mesmo não fico indignado tanto com o fato de estarmos endossando um governo corrupto e ineficiente como há tempos não se via por aqui, mas sim com o fato de o País estar sendo tratado como um aglomerado de imbecis e aceitar essa posição.
Não sei se me fiz claro: o que me aborrece mais não é a corrupção e a desonestidade política, cultural, intelectual e cívica que grassa no País, mas o fato de ela ser sustentada junto à população com mentiras sobre mentiras e ser calmamente aceita.
E isso é errado!
Não o fato de existir corrupção e ineficiência flagrantes e de elas serem toleradas, pois isso é óbvio que é errado. O que é talvez tão deletério quanto esse fato é o fato de a maioria, creio, assim como eu, se revoltar mais com os expedientes usados pelo governo para escamotear, justificar, amaciar suas malfeitorias e com o resultado sempre, invariavelmente bastante positivo desses artifícios junto ao povo brasileiro.
Uma espécie de preciosismo moral e cívico, digamos.
Nesse sentido é que eu acho que a indignação da maioria das pessoas que se opõem ao governo cleptocrata sob o qual vivemos não consegue mesmo ultrapassar nossas janelas: essas discussões sobre a credulidade ou sobre a ingenuidade do eleitorado lulista só serve para desviar o foco justamente do que é essencial, ou seja, faz o jogo do inimigo ao ficar rodando em falso ao redor de um eixo incompreensível e absolutamente desprovido de interesse para a maioria da população, que é a questão da cara-de-pau do Presidente e sua máfia.
Talvez um enfoque mais concentrado em questões mais palpáveis, sobre a corrupção mesma, sobre as reais implicações das opções do governo nas questões orçamentárias, algo, enfim, mais concreto desse mais resultado. É claro que as tramóias e chicanas petistas devem ser desmascaradas, mas não me parece que a tática oposicionista esteja dando resultados eleitorais, que é o que interessa, neste momento.
Essa tática de desconstrução das mentiras petistas pode, e deve, prosseguir após as eleições, seja qual for o resultado. Mas agora a prioridade é vencer a eleição, com as armas que se fizerem necessárias.
E o mais irônico em tudo isso é que eu escrevo este texto não por amor ao País ( que eu quero mais é que afunde no mar), mas por não suportar mesmo uma corja tão desonesta e mentirosa ( pra não dizer canalha e baixa e podre e sem-vergonha etc ) desfilar sua empáfia e vanglória impunemente.
Não agüento ver tudo isso ser aclamado em praça pública. Tanta idiotice incomoda.
Pois é: esse é o meu Mea Culpa.
Vai ver que geografia é, afinal, destino.
2 Comments:
Só tem um jeito ,Prima Vera: vamos mudar prá Miami e dar o ( piiii ) pros americanos de uma vez...Chega desse povimnho safado, chega desse país safado, desssse govenro de ladrões, desse congresso de ladrões e vamos pros Estados Unidos chupar ( piiii ) de americano...
Luana, os EUA não são o único destino possível.
A decência está logo ali.
Mais perto, sem custar nada.
Se bem que, pensando melhor...os EUA são sempre a saída mais cômoda, não?
Muito obrigadO pela visita.
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