quinta-feira, agosto 03, 2006

Uma Noite Perfeita


Fazer aquele caminho da Francisco Morato até o Morumbi pela João Saad, tomando uma cerveja, escutando os gritos da torcida, vendo as bandeiras e as camisas tricolores, os ambulantes com seus produtos, até mesmo aguentar os cambistas e seus preços absurdos e sua picaretagem explícita, chegar ao estádio em meio à multidão de homens, mulheres, policiais, famílias inteiras, grupos de amigos, as barracas de lanches e mais ambulantes e a balbúrdia das buzinas e do hino sendo tocado em todos os carros, as pessoas cantando as músicas que se aprende nos estádios, tudo isso é apenas um preâmbulo, um prefácio maravilhoso do que está por acontecer no gramado, na arquibancada.
Eu gosto de assistir aos jogos em minha casa, no sofá, confortável, com minha biritinha e que tais.
Mas não é a mesma coisa.
Estar presente em um jogo histórico como foi o dessa quarta-feira é uma experiência especial.
Na verdade, eu até saí mais cedo do Estádio, lá por volta dos 30, 35 do segundo tempo. Bem a tempo de ouvir um olé prolongado da torcida, com um grito mais entusiástico e logo depois aquele 'uuuuuhhhhh'. Fico sabendo que foi um lance majestoso do Souza, com chapéu e tudo, que terminou com arremate pra fora do Ricardo Oliveira.
Eu havia predito que, se o Rogério não tomasse gol, nós iríamos para a final. Fez mais: pegou um pênalty.
Eu havia predito que, se o Mineiro fosse o Mineiro, hoje, iríamos para a final. Fez mais: fez um golaço.
Eu havia pedido uma pequena ajuda do ataque pra facilitar as coisas.
Ricardo Oliveira acabou com o jogo. Fez um e mais duas grandes jogadas que resulltaram em gols. Não dá pra pedir mais.
Venha quem vier, vai ser difícil ganhar desse time.